É só não atualizar mais tanto que surgem uma porção de assuntos para falar, mas vamos nessa!
A degustação de cervejas no Empório SS, no sábado agora, foi muito boa! Cervejas, salsichas e muito boa companhia! (Hoje o post de degustação vai ser um pouco diferente e mais informal até porque a degustação foi feita da mesma forma).
Para começar foi servida uma Bamberg Pilsen, da Cervejaria brasileira Bamberg, do estilo Premium American Lager.
Pra começar, ela tem uma coloração amarelo dourado bem bonita. A espuma, de média duração, é bem branca e brilhante, e para mim foi a parte que mais chamou atenção na cerveja. A carbonatação é média-baixa. O aroma é bem típico do estilo, me lembrando um pouco mais de malte e, não sei porque, me veio um toque picante! O sabor é agradável, com o malte e lúpulo suaves. Me lembrou o gosto de pão também. A drinkability, para mim, foi média-baixa e para a Fê, média. A cerveja é refrescante, mas para mim, seria melhor se fosse um pouco mais lupulada. Boa cerveja de fato.
Depois da Pilsen foram servidas salsichas, que estavam muito boas também. A próxima cerveja foi uma Bamberg Weizen, uma German Weizen.
A coloração um pouco alaranjada, bem característica das de trigo. Uma espuma bonita, mas não tão brilhante como a da Pilsen, mas mais duradoura. Carbonatação média. Eu achei o sabor não muito forte, lembrando alguma coisa de banana, mas não foi nada marcante. O retrogosto é um pouco amargo, porém resistente. A drinkability é leve-média. Como eu gosto bastante de cervejas de trigo, esperei um pouco mais dela, mas não deixa de ser uma cerveja gostosa, embora eu prefira outras. Dizem que é uma das melhores weizen nacionais.
Como vai ser ser percebido, as degustações mais "técnicas" vão sendo diminuídas ao passo que as cervejas vão sendo bebidas. hahaha
Depois das Pilsen e Weizen, foram servidos os Chopps que estavam sendo servidos da Bamberg, o Helles e o Rauchbier.
O Chopp Helles, do estilo Munich Helles, foi a melhor Bamberg que eu degustei. A coloração é um amarelo meio pálido, um tanto turvo. A espuma bem duradoura, típica de um ótimo chopp, bem branca, mas não tão brilhante como a do Pilsen. O sabor é mais amargo, bem complexo, com algo inicial que eu não consegui descrever direito. O final é bem gostoso, com um amargor de média persistência. A drinkability é boa. Eu tomaria vários.
O Chopp Rauchbier, foi o sabor mais inusitado de cerveja que eu já vi. Esse estilo de cerveja foi o primeiro realmente a existir, pois no começo, não existiam técnicas de secagem do malte bem elaboradas e a única forma de mantê-lo era a partir da sua defumação, o que caracteriza este estilo. O malte defumado é o grande 'quê'. A coloração é um vermelho escuro, bem turvo. A espuma média duradoura, com carbonatação média. O malte defumado é leve, ainda mais pelos relatos dos novos amigos que estavam presentes, Rodrigo Baquero e Felipe Boni. O gosto lembra, de fato, bacon! Mas não é nada muito forte. Não é de fato um estilo que eu beberia sempre, mas acredito que com a harmonização correta a cerveja pode ficar interessante.
O evento como um todo foi muito bom. E no final ainda pude contar com a presença do Elias e da Liv (que tirou as fotos da corrida da cerveja). Ainda degustei com o Elias uma Orvall, sonho antigo, que outro dia eu coloco a degustação. E tomei uns goles da Chimay Blue. Que maravilha! Não consigo nem descrever o prazer e a enormidade de sabores dessa Chimay. De fato uma das melhores cervejas que eu já tomei, e com certeza tenho que comprar outra para uma completa degustação. Mas a grande e maravilhosa surpresa do evento foi descobrir que o Rodrigo Baquero, 'familiar' da Fê, é um mestre cervejeiro e faz cerveja em casa! Vou ver se consigo sugar um pouco de conhecimento dele para tentar 'brincar' de homebrewing. Eu fiquei com uma cara de bobo durante o evento quase todo ao descobrir isso. Que coisa boa! E vamos nessa, quem sabe daqui a um tempo fazendo em casa!
Fê, Fê, Rodrigo e eu na degustação no Empório SS.
Primeira sessão do post concluída. Agora um relato breve sobre uma "harmonização" que eu fiz na sexta feira. Já fazia um bom tempo que eu não cozinhava, outra paixão, e então eu resolvi fazer um risoto para a namorada. Procurei algumas receitas na internet de risoto com linguiça e achei uma que me chamou a atenção: Risoto de linguiça com cerveja. Bom, eu achei que seria só uma substituição do vinho pela cerveja, mas era mais que isso. Ao invés de se colocar o caldo de legumes/galinhas/carne se coloca cerveja fervida! Que ideia boa! Eu escolhi uma Bohemia Escura, porque sei que ela não tem lá muitas peculiaridades no seu sabor e não iria "comprometer" (nem para o mal ou para o bem) o resultado final. E ficou uma delícia! O arroz incorpora a cerveja magicamente e a cor final é um marrom bem bonito do risoto e a linguiça calabresa combina muito bem. Ficou ótimo mesmo. Numa próxima vez, ousarei e colocarei uma outra escura para ver como fica tudo.
Pra quem quiser, fica aí a receita.
1 cebola picada, 250g de arroz arbóreo, 1/2 kg de linguiça calabresa sem pele picada, 750 ml de cerveja preta, queijo ralado, manteiga cortada em cubos e manjericão fresco.
Primeiro frite a calabresa na própria gordura. Quando estiver bem frita acrescente e doure a cebola, até ficar transparente. Enquanto isso, coloque a cerveja para ferver e mantenha-a quente para colocar no arroz. Acrescente o arroz e mexa-o até ele ficar brilhante (vale a pena pegar e ver se ele não está soltando aquela arreinha). A partir daí é só adicionar conchadas de cerveja no arroz. Adicione o suficiente para fazer os grãos ficarem cobertos (pense em um pântano e não em uma piscina, belo ensinamento aprendido), mexendo sempre. Sempre que estiver secando o arroz, adicione mais uma conchada. Quando for colocar a última, adicione o manjericão. Corrigir o sal nessa hora e adicionar a manteiga quando estiver secando. Deixe descansar um pouco e é só servir depois. Eu não harmonizei propriamente com nenhuma cerveja, mas o uso da cerveja deu um toque especial ao risoto. Recomendo muito.
E agora a última parte do enorme post. Algumas fotos que a Liv Oliveira 13 tirou durante a Corrida da Cerveja.
Caverna do Dragão. Atenção especial para os isopores de Vingador e Mestre dos Magos.
Pac-man
A melhor fantasia pra mim da Corrida!
Pôneis Malditos!
E a gente bebendo Brahma! haha
Marcos, parabéns pelo seu blog. Seus relatos de degustação são muito bons e detalhados. Gostei bastante!! Agora só falta você provar uma cerveja caseira!! Temos que combinar um dia para você me ajudar na fabricação de uma. O que acha?
ResponderExcluirAbraço
Rodrigo
Obrigado Rodrigo! Fico muito feliz com a visita e com os elogios, mas tenho um longo caminho de cerveja pela frente ainda. Também visitei seu blog e achei sensacional a método, bem moderno mesmo, e a geladeira com as torneiras de chopp foram muito boas!
ResponderExcluirIrei com todo o prazer observar e ajudar na fabricação de uma caseira! Quem sabe um dia eu também não faço uma? Assim que você tiver uma previsão sobre uma próxima cerveja é só avisar que eu estarei lá!!
Abraço